aLLface |welcome to Lisboa
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
Credo
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. amém.
Natália Correia
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Praça da Figueira (de manhã)
A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece, Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu, Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu Porque o amo? Não importa. Adiante...
Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas. Nenhuma delas em mim serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas São as dos outros ou as que não há.Álvaro de Campos, 10- 1913
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Rossio, Natal de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Pai Natal em Lisboa
Independentemente das crenças e símbolos que cada um adota, não há como fugir ao ícone do Natal moderno: o Pai Natal.
Em Lisboa, são muitos os locais onde comuns mortais trabalhadores (provavelmente precários) se vestem de barbas e encarnado para alimentar a lenda. Os pais levam as crianças, movidas mais a presentes do que a significados, em filas intermináveis, bem ao lado das que se formam para alimentar a azáfama da época. Apesar das crises, o Pai Natal continua na moda. O Centro Comercial Colombo continua a ser um dos patrocinadores deste tipo de magia. O Pai Natal estará por lá e até cumpre horário! Tirar uma fotografia com o velhote custa apenas tempo e paciência. E vontade, já agora.
Feliz Natal!
(um) Herói...
Não sei contar os dias mas na cidade choveu.
Os dias nunca se contam, explicava-me André, porque a métrica dos dias está
sujeita ao tempo da eternidade. Quantos dias tem a eternidade, perguntou.
Subíamos os dois a calçada da Bica sem nos conhecermos. Olha-mo-nos quando a
frase chegou ao meu tempo e ouço: «quando eu morrer gostava de ir para o
Panteão».
- Mas o André sabe que não pode ir para o
Panteão…
- Porque não? Sinto-me um herói…
- Sim, mas não chega sentir-se um herói; é
preciso corresponder aos desígnios do legislador, aos atributos da lei…
- Eu correspondo! Sou um dos portugueses que
ajudou Portugal a resgatar a liberdade perdida pelo «pacto de agressão». Isto,
claro, se houver tempo, como não podemos contar os dias, pensemos no mês de
Maio.
Não fosse o Sol e nunca teria conhecido André.
sábado, 29 de novembro de 2014
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