sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
No metro (com Victor Bento)
Victor Bento, antigo Presidente do Banco Novo, apanhou o metro na estação dos Anjos.
Ao longo de 40 anos como utente do Metropolitano, cruzei o olhar com a timidez de várias figuras públicas, a maioria delas, actores de teatro, escritores, jornalistas ou comentadores televisivos. Confesso, que tê-lo feito com um ex-banqueiro, num país como Portugal, causou-me, uma grande perplexidade.
Lembro-me de ter conversado com o João de Melo (escritor) entre o Rossio e a Alameda, de ter (ousado) abordar o professor Pais Mamede (comentador da TVI para assuntos económicos) na estação de Roma, de ter fixado os meus olhos na Lia Gama, e lembro-me ainda, vezes sem conta, de entrar no metro com o Carlos Vaz Marques, jornalista da TSF e moderador do programa Governo Sombra.
Poderia dar-vos outros tantos exemplos mas, não querendo eu, incomodar com uma lista exaustiva de pessoas, igualmente interessantes, até porque, provavelmente, o seu interesse é, apenas, opinião minha, vou, então, fixar-me, no insólito, de ter cruzado o olhar com um ex-banqueiro dentro do metropolitano na estação dos Anjos.
Poderia dar-vos outros tantos exemplos mas, não querendo eu, incomodar com uma lista exaustiva de pessoas, igualmente interessantes, até porque, provavelmente, o seu interesse é, apenas, opinião minha, vou, então, fixar-me, no insólito, de ter cruzado o olhar com um ex-banqueiro dentro do metropolitano na estação dos Anjos.
A primeira pergunta que me ocorreu, prendeu-se, com o facto, de Victor Bento ter entrado na estação dos Anjos. Esta zona de Lisboa, como sabem, não é o centro da alta finança da cidade, nem sugere pontos de interesse atractivos. Pelo contrário, o guia «turístico» do bairro é pobre, com destaque para a cantina social, conhecida como a sopa dos pobres, onde várias centenas de pessoas se alimentam diariamente; a casa das irmãs oblatas, as célebres freiras que dedicam a sua vida ao acolhimento de prostitutas, pastelarias degradadas, a Igreja dos Anjos, cujo altar é um dos mais bonitos de Lisboa mas, o pátio, repleto de prostitutas, toxicodependentes e sem-abrigo, não convida os católicos não praticantes a conhecê-lo, em suma, o bairro Anjos não é de facto um território atractivo para banqueiros, sobretudo, banqueiros de instituições «boas».
O que terá levado, então, Victor Bento a apanhar o metro na estação dos Anjos às 12.34 de uma segunda-feira? Perguntava-me, insistentemente, não retirando, assim, o olhar daquele homem, cujo fato assentava largo nos ombros, o nó da gravata caía sob a maçã de adão, usava uns sapatos de design pobre, aparentava muito cansaço, alguma tensão muscular e, confesso, pouca familiaridade com este tipo de transporte.
Lembrei-me, no momento, em que ambos saímos na estação Baixa-Chiado que, a sede do Banco de Portugal é, justamente, nos Anjos, e que também por ali, vi algumas vezes, antigos ministros das finanças, como Manuela Ferreira Leite e Miguel Beleza.
Sossegada a imaginação, peguei no bloco de notas e comecei a pensar em Ricardo Salgado, naquela posição, dentro da carruagem do metropolitano, entre o Intendente e o Martim-Moniz, no meio de alguns dos seus clientes, em pé, com o ar severo, de banqueiro mau, cabelo elegantemente penteado, sapatos italianos, fato de cetim, olhar distante, como só os senhores donos de tudo sabem ter.
Mas, ou porque o oficio da escrita, em mim, não está, ainda, suficientemente trabalhado; ou, porque, ao contrário do que dizem alguns eruditos, nem toda a vida cabe na literatura, o certo, é que, Ricardo Salgado, a minha personagem, não coube na página de um pequeno bloco de notas Moleskine.
ana paula lemos
O que terá levado, então, Victor Bento a apanhar o metro na estação dos Anjos às 12.34 de uma segunda-feira? Perguntava-me, insistentemente, não retirando, assim, o olhar daquele homem, cujo fato assentava largo nos ombros, o nó da gravata caía sob a maçã de adão, usava uns sapatos de design pobre, aparentava muito cansaço, alguma tensão muscular e, confesso, pouca familiaridade com este tipo de transporte.
Lembrei-me, no momento, em que ambos saímos na estação Baixa-Chiado que, a sede do Banco de Portugal é, justamente, nos Anjos, e que também por ali, vi algumas vezes, antigos ministros das finanças, como Manuela Ferreira Leite e Miguel Beleza.
Sossegada a imaginação, peguei no bloco de notas e comecei a pensar em Ricardo Salgado, naquela posição, dentro da carruagem do metropolitano, entre o Intendente e o Martim-Moniz, no meio de alguns dos seus clientes, em pé, com o ar severo, de banqueiro mau, cabelo elegantemente penteado, sapatos italianos, fato de cetim, olhar distante, como só os senhores donos de tudo sabem ter.
Mas, ou porque o oficio da escrita, em mim, não está, ainda, suficientemente trabalhado; ou, porque, ao contrário do que dizem alguns eruditos, nem toda a vida cabe na literatura, o certo, é que, Ricardo Salgado, a minha personagem, não coube na página de um pequeno bloco de notas Moleskine.
ana paula lemos
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
domingo, 26 de outubro de 2014
Gente da Terceira Classe
De 14 de outubro de 2014 a 4 de janeiro 2015
Exposição de Fotografia e Realismos
Museu da Eletricidade
Avenida Brasília, Central Tejo, Portão Poente
1300-598 Lisboa
Objetos Imediatos
"As palavras ficam sempre curtas em relação às possibilidades de um gesto. Porque o que se trata na escultura é de afirmar um gesto" - José Pedro Croft
Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional
25 de outubro de 2014 – 11 de janeiro de 2015
De terça a sexa-feira, 10h -13h e 14h - 18h | sábado e domingo 14h - 18h
(encerra às segundas e feriados)
25 de outubro de 2014 – 11 de janeiro de 2015
De terça a sexa-feira, 10h -13h e 14h - 18h | sábado e domingo 14h - 18h
(encerra às segundas e feriados)
Fundação Carmona e Costa
22 de outubro – 6 de dezembro de 2014
De quarta a sábado, das 15h às 20h
(encerra aos feriados)
22 de outubro – 6 de dezembro de 2014
De quarta a sábado, das 15h às 20h
(encerra aos feriados)
sábado, 25 de outubro de 2014
(Jorge Luís Borges)
Nous avions bu un ou deux verres, puis nous étions sortis sur le Terreiro do Paço, il
y avait un très beau crépuscule, le Tage était couleur de violettes, les lumières
s’allumaient en face, sur la côte de Cacilhas, nous étions allés jusqu’ à l’escalier qui
plonge dans les eaux du fleuve, et c’est là, face aux bateaux disparus du “pâle Vasco”, que nous avons achevé, assez excités l’un et l’autre, de mettre au point notre
mystification : faire littérairement confluer, se mêler, les eaux de la mer de paille à
celles du fleuve de l’argent.
Jorge Luís Borges
O. ROLIN, 88 Bar des Flots noirs. Paris, Seuil, 1987, p. 117-118.
y avait un très beau crépuscule, le Tage était couleur de violettes, les lumières
s’allumaient en face, sur la côte de Cacilhas, nous étions allés jusqu’ à l’escalier qui
plonge dans les eaux du fleuve, et c’est là, face aux bateaux disparus du “pâle Vasco”, que nous avons achevé, assez excités l’un et l’autre, de mettre au point notre
mystification : faire littérairement confluer, se mêler, les eaux de la mer de paille à
celles du fleuve de l’argent.
Jorge Luís Borges
O. ROLIN, 88 Bar des Flots noirs. Paris, Seuil, 1987, p. 117-118.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Partida das naus
E já no porto da ínclita Ulisseia,
Cum alvoroço nobre e cum desejo
(Onde o licor mestura e branca areia
Co salgado Neptuno o doce Tejo)
As naus prestes estão; e não refreia
Temor nenhum o juvenil despejo,
Porque a gente marítima e a de Marte
Estão pera seguir-me a toda parte.
Cum alvoroço nobre e cum desejo
(Onde o licor mestura e branca areia
Co salgado Neptuno o doce Tejo)
As naus prestes estão; e não refreia
Temor nenhum o juvenil despejo,
Porque a gente marítima e a de Marte
Estão pera seguir-me a toda parte.
Os Lusíadas, canto IV, estância 84
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Desassossego
“Escrevo para desassossegar, não quero leitores conformados, passivos, resignados”
José Saramago
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Festas de aniversário para os mais novos
O Pavilhão do Conhecimento proporciona várias hipóteses para festas de aniversário:
-Troca-tintas (3-5 anos)
-Aprendiz de feiticeiro (6-9 anos)
-Faz e desfaz (10-13 anos)
-Visita livre (13 e + anos)
Pode imprimir o convite do próprio site.
Mais info AQUI
-Troca-tintas (3-5 anos)
-Aprendiz de feiticeiro (6-9 anos)
-Faz e desfaz (10-13 anos)
-Visita livre (13 e + anos)
Pode imprimir o convite do próprio site.
Mais info AQUI
Volta ao mundo...(em Arroios)
Na freguesia de Arroios vivem 4 131 imigrantes. Pensou a Junta de Freguesia de Arroios, e muito bem, realizar um projecto, a Volta ao Mundo em Arroios, onde dá a conhecer a cultura, os costumes e a gastronomia das diferentes comunidades neste território.
Esteja atento à programação no site da Junta www.jfarroios.pt.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
(De Lisboa) para o mundo#1
“A herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, mas também à preservação dos seus valores fundamentais (...) temos de ter uma discussão séria sobre esses valores fundamentais.”
Orhan Pamuk (Nobel da Literatura - Prémio Europeu Helena Vaz da Silva)
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
A Luz de Lisboa
A que se deve a tão célebre e cobiçada Luz de Lisboa?
a) à intensa exposição solar
b) ao rio, que reflete a luz do sol
c) ao lioz, pedra calcária que reveste muitos dos edifícios
d) ao vidraço da calçada portuguesa
a) à intensa exposição solar
b) ao rio, que reflete a luz do sol
c) ao lioz, pedra calcária que reveste muitos dos edifícios
d) ao vidraço da calçada portuguesa
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
António #3 (história de um precário)
António parece indiferente à chuva que alagou a baixa lisboeta. Como estava, ficou. Com água pelos joelhos, fixado nas gotas grossas, caídas, olhando o Teatro, alagado de lágrimas, as suas, imaginando, o momento, como a rara possibilidade de chorar livremente.
António, o precário, vive a sua existência sem a dignidade do ritual. Não trabalha, os amigos não o visitam, (visitá-lo, onde?), na rua, ainda não temos o hábito de visitar os amigos na rua, é bom que comecemos a adquiri-lo, pensava, de futuro, posso ter a companhia de alguns, por aqui, ao vento, talvez lhes possa valer, já estou habituado a comer com os olhos, mas, sobretudo, domino a técnica da meditação, respiro, e ainda bem, é no movimento do ar, que vivifico. Estou vivo!
A lama trouxe a António um peixe encarnado do rio, não sabe, se o peixe saiu do Tejo ou do Douro, na Avenida, também não importa, mas tê-lo por companhia, durante uma tarde, soube a prenuncio de mudança.
Da mudança, falaremos no #4.
Da mudança, falaremos no #4.
Ana Paula Lemos
terça-feira, 14 de outubro de 2014
A Lisboa de José Cardoso Pires
“Este livro foi
um ajuste de contas comigo mesmo para com uma cidade que eu me fartei de ver, e
vejo sempre interpretada de uma maneira um bocado convencional e que eu vejo de
uma maneira muito diferente.(...) É uma Lisboa que tenho na memória.(…)Neste livro quis fazer outra coisa: uma espécie de levantamento que desse, com toda a
sinceridade, o modo como sinto Lisboa. E é aí que o livro me parece muito
diferente da Lisboa convencional do Tejo que é bonito, etc. Há ainda muitas
coisas que faltam e que espero trabalhar numa próxima edição: a sintaxe
lisboeta. Está abordada, mas não aprofundada. E os cheiros... (…)Quis uma
coisa leve, não exaustiva. Chamar a atenção para o lado artístico de Lisboa e
para o humor de Lisboa. Um tipo só gosta de uma cidade - e é isso que eu
pretendia que se sentisse neste meu livro- quando é cúmplice dela. Interrogar a
cidade é fácil, isso qualquer turista faz. Mas um tipo só está a viver numa
cidade quando se sente interrogado por ela: "O que é que tu tens a ver
comigo?", "Porque é que tu estás aqui?", "Como é que tu te
adaptas?", "Porque é que tu não te entendes?" Paris, por
exemplo, não me interroga, despreza-me. Enquanto que nas cidades de que gosto
(Londres, Rio de Janeiro, Barcelona, Praga), sinto-me interrogado. Em toda a
parte há bocados de mim.”
José Cardoso Pires
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Vogue (12 anos)
Imperdível a Vogue Portugal de Novembro, número que festeja os seus 12 anos. Bryan Adams (isso mesmo, o cantor) fotografou Gisela João, Carminho, Ana Moura, Cuca Roseta e Aldina Duarte.
domingo, 12 de outubro de 2014
Poema
outro dia
Ontem,
cansada, cansada,
cheguei a casa,
à noite.
O céu estava limpo.
Cheguei à porta e olhei,
antes de entrar.
Lá em baixo,
nem perto nem longe,
no escuro,
luziam uns pingos…
Caíam rectos
e brilhantes
na água…
Irene Lisboa ( 1953)
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Casa Fernando Pessoa
É possível visitar a casa Fernando Pessoa, onde o poeta morou nos últimos 15 anos da sua vida. Além de objetos do escritor, um mundo de cultura a não perder. Fica em Campo de Ourique, no número 16 da Rua Coelho da Rocha.
Malala (Nobel da Paz, 2014)
(esta carta foi enviada a Malala, a 10 de Outubro de 2012)
Muito querida Malala,
De noite, trouxeram-me a notícia.
Tu, Malala Yousafzai, paquistanesa, foste baleada, aos 14 anos, porque, desde
os 11, lutas como mulher, pelo direito ao saber.
Disseram-me que na tua cidade,
Mingora, no distrito de Swat, no Paquistão, agora dominado pela lei da
ignorância, as «meninas» foram proibidas de aprender, de ir à escola, e tu,
«mulher» coragem, não te conformas.
A tua indignação, fruto de muitas
e longas conversas com o teu pai, também ele, homem ligado ao ensino,
tornaram-te o símbolo, a voz, do direito inalienável, que todos os meninos do
mundo têm a aprender. Os indignados são sempre incómodos. Mesmo que vivamos
numa Democracia. E tu, sabes isso, melhor do que ninguém. O que tu não
imaginavas é que o absurdo do inumano chegasse ao ponto de disparar uma bala
contra a tua cabeça e o teu pescoço, tu uma menina de 14 anos, militante da
coragem e da paz, amante da Escola, lugar de aprendizagem, espaço de liberdade.
Eu, também não!
Disseram-me que estás livre de perigo,
por isso, peço-te que continues a gritar, que não pares de gritar. Que grites
sempre.
Por cá, sigo-te com angústia, mas
certa, que o teu testemunho de vida, e a tua luta, serão infinitamente maiores,
que a trajectória da bala.
Malala, vou pedir a todos os professores
de Portugal, que partilhem a tua História com os meninos do meu país.
Gostava muito de te visitar. De
te abraçar. De ter a oportunidade magnífica de gritar contigo.
Dar-te-ei, noticias, brevemente.
Paula
Lisboa, 10 de Outubro de 2014
Muito querida Malala,
Dois anos depois, aqui estou para te dizer da minha imensa alegria por este Prémio.
Vivo-o com a certeza que continuarás a tua missão.
Obrigada Malala!
Portas abertas (em Lisboa)
Visite gratuitamente 70 espaços por toda a cidade. É uma oportunidade única que aconselhamos vivamente. Aqui ficam algumas sugestões:
- Fundação Campallimaud;
- Casa nos Prazeres;
- Palácio de Santos;
- Palácio das Necessidades;
- Museu da Electricidade;
- Novo Museu dos Coches;
Veja o programa em http://2014.lisboaopenhouse.com/
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Museu da Farmácia (visite)
Um dos melhores museus da cidade mas que poucos conhecem.Fica no Alto de Santa Catarina, na sede da Associação Nacional das Farmácias (ANF).
Da história do medicamento à evolução tecnológica das farmácias, o Museu da Farmácia é um exemplo extraordinário do papel do Museu na vida da cidadania.
ana paula lemos
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Avenida dos defensores de Chaves
Após a proclamação da República um contingente de monárquicos inconformados conglomerou-se na Galiza e com armamento e algum treino militar decidiram combater pela restauração monárquica sob o comando de Paiva Couceiro. Fizeram uma primeira tentativa gorada em Vinhais e na segunda, de Julho de 1912, começaram por um levantamento popular urdido pelos párocos realistas para culminar na tentativa da tomada de Chaves. A coluna de Paiva Couceiro, com artilharia e cerca de 500 homens, chegou a Chaves de manhã e deparou-se com uma tenaz resistência da tropa governamental que até era pouca por a maioria se ter deslocado para Sapiãos, em Montalegre, iludida por uma manobra de diversão. Augusto Ribeiro de Carvalho perante a diminuta guarnição de pouco mais de 200 homens que possuía - da Cavalaria 6, Infantaria 19 e Guarda Fiscal - distribuiu armas ao civis, entre os quais o Dr. António Granjo que na época era deputado da Vila de Chaves e passadas 9 horas Paiva Couceiro deu ordem de retirada aos monárquicos.
metro#4 (entre campos)
O facto de ter parado para olhar com atenção a primordial Biblioteca da História e Literatura portuguesas, espelhadas na estação de metro de Entre Campos, levou, a que outros, lessem comigo, os títulos das obras ali desenhadas pela pintora Maria Keil.
Lembrei-me, então, do que escreveu Eça sobre a leitura:
"Esta expressão «Leitura», há cem anos, sugeria
logo a imagem de uma livraria silenciosa, com bustos de Platão e de
Séneca, uma ampla poltrona almofadada, uma janela aberta sobre os aromas
de um jardim: e neste retiro austero de paz estudiosa, um homem fino,
erudito, saboreando linha a linha o seu livro, num recolhimento quase
amoroso. A ideia da leitura, hoje, lembra apenas uma turba folheando
páginas à pressa, no rumor de uma praça."
© ana paula lemos
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
António#2 (história de um precário)
Disse-me que já não sabia comer. Sabendo eu que António é apoiado pelo Banco Alimentar e pela Cáritas e, que a Comunidade Vida e Paz distribui, pelo menos, uma refeição diária a quem passa o dia na rua, sem ocupação ou família, é justamente o caso de António, perguntei:
- O que significa não saber comer?
- Significa comer sem ser preciso.
ana paula lemos
domingo, 5 de outubro de 2014
Afirmar o Futuro...na Gulbenkian!
"Como poderemos transformar um período de declínio num ciclo de progresso?"
Algumas respostas a esta (magna) pergunta serão dadas na Conferência subordinada ao tema “Afirmar o Futuro – Políticas Públicas para Portugal” que decorre nos dias 6 e 7 de Outubro na Fundação Gulbenkian.
(entrada livre)
sábado, 4 de outubro de 2014
No Príncipe Real...(Lisboa)
O café e o chocolate vêm directamente da fábrica em S. Tomé e Princípe (www.claudiocorallo.com) para a pequena loja no Princípe Real, em Lisboa.
A Condé Nast Traveller considerou-o "o melhor chocolate do mundo". Eu, digo-vos, beber um café com um pedaço deste chocolate, nesta pequena loja no Princípe Real, é maravilhoso. Ponto!
ana paula lemos
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Carta educativa de Lisboa
O que esperar da educação na cidade de Lisboa? O debate realizou-se no passado dia 1, com a vereadora Graça Fonseca. Em causa, a revisão da carta educativa da cidade de Lisboa. Sabia que ela existia? Assuntos como o planeamento da cidade, harmonizando a instalação do parque escolar e o alojamento das famílias, ou o planeamento dos estudos tendo em conta uma perspetiva de carreira dos estudantes a longo prazo, estiveram em cima da mesa. Prevê-se que a sua revisão fique concluída em 2016.
Saiba mais AQUI
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Clara Clara Café
Com uma vista magnífica sobre o rio e o Panteão, Clara Clara Café é um quiosque simpático, com excelente café, belas sandes e, um bolo de chocolate à fatia, imperdível. Sabe bem ler no Clara Clara...
Ana Paula Lemos
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
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