sexta-feira, 28 de novembro de 2014

7 biliões de outros...(visite) a exposição...


...No Museu da Electricidade até 8 de Fevereiro de 2015. Faça uma viagem à volta do mundo e conheça os problemas, sonhos e as esperanças de todos os povos do mundo. É um retrato extraordinário da humanidade. 



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Pensão Amor

Sexta-feira, 23:00, Cais do Sodré: que azáfama...o destino talvez fosse a Pensão do Amor...o lugar onde Rita disse ter amado Pedro, Francisco, João, António...No Cais do Sodré, porém, um jovem menino chorava, desesperado, por € 1,45: carregou mal o bilhete e o seu destino parecia-lhe impossível. A avó fazia quatro horas que o esperava na estação de Oeiras. A angústia do menino era insuportável.
Mas ninguém tinha tempo, sequer para o ouvir. Afinal, se não corressemos todos para a Pensão do Amor, perdiamos a oportunidade de não estarmos sós. E essa circunstância, claro, seria tão insuportável como as lágrimas do menino.


(c) ana paula lemos 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

(um) dos mais belos romances...

...em e sobre Lisboa...

A Literatura portuguesa (segundo George Steiner)

«Quanto à literatura portuguesa, Steiner elege três autores: Pessoa – “perceber Pessoa é ouvir as vozes dentro de nós” –, Saramago – cujo O Ano da Morte de Ricardo Reis leu e releu e considera ser “sempre um livro maravilhoso” – e Lobo Antunes, “o maior escritor português vivo da actualidade” a quem “Portugal não deu ainda o devido reconhecimento”. Uma simpatia forte vai também para Camões, de que não há uma boa tradução inglesa, mas que merece uma afirmação contundente de Steiner: “falta à nossa cultura Europeia o conhecimento do génio de Camões”.

João Reis Ribeiro, blogger Nesta Hora

Nota: George Steiner é um dos maiores eruditos europeus vivos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

De Ofélia (para Fernando Pessoa)

«Meu Nininho adorado:

Recebi a tua grande cartinha que me causou surpresa e por isso alegria pois que
não esperava, quando cheguei a casa é que minha mãe ma deu. Eu [,] meu Fernandinho além de não estar nada boa não foi esse o motivo por que não estive no nosso ponto de encontro à hora marcada, tive que sair com minha irmã e não estava despachada à hora precisa para te encontrar, sabes a que horas fomos almoçar? (ou por outra viemos almoçar porque almoçámos em minha casa) eram duas e tal. Já vês meu lindo amor que era impossível encontrar-te… Vejo que ficaste ralado e em cuidados o que me satisfez imenso, não é pelo facto de gostar que te rales e apoquentes, não [,] amor [,] é por ver que te interessas bastante pelo teu bebezinho [;] e nunca te arrependas meu amorzinho porque eu mereço bem os teus interesses por mim porque te estimo tanto quanto é possível estimar um homem (um Nininho). Mas não fazes ideia Fernandinho as saudades imensas que de ti tenho tido e tenho! Supõe por ti, amor, tenho estado hoje verdadeiramente doente, triste por te não ver, e ralada com coisas que soube, enfim o que se resume de tudo isto é que eu não tenho o direito de andar bem disposta, não mereço gozar felicidade alguma! Serei tão má para que mereça tanto? Hei-de ter sempre de que me ralar, mas sempre. Ao menos resta-me a esperança em ti, em ser feliz contigo, e ter alegria no futuro.
Escreveste tão poucochinho! Podias ter escrito mais [,] meu amor!»

Ofélia 

08.04.1920

Lisboa (tesouro da Europa) segundo o NYT



“ Haverá país mais azul que Portugal? O céu azul e o Oceano Atlântico abraçam a terra. O humor azul do fado, a melancolia da música, formam a trilha sonora nacional. E por todo Portugal, os típicos azulejos azuis estão espalhados por igrejas, mosteiros, castelos, palácios, paredes de universidades, parques, estações de comboios, hotéis e fachadas de prédios.O resultado é uma embelezada terra de santos cristãos, episódios bíblicos, Reis portugueses, glórias históricas, paisagens, design florais e, acima de tudo, motivos geométricos. (…)».

New York Times

A arte de Jen Lewin...


Instalação interativa "The Pool"


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

«Não se rendam!»


Ao meu lado, num banco de jardim, sentou-se uma lágrima, depois outra e, por fim, juntou-se a nós, uma lágrima seca, salgada. Deixámos que as nossas lágrimas conversassem umas com as outras. Todas elas estavam muito preocupadas connosco. Debatiam-se inteligentemente na reflexão sobre a vida e o mundo.
Já no fim da conversa, a minha lágrima, solta um grito: «Não se rendam»!


(c) ana paula lemos 


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um milagre em Lisboa...

Nasceram. Do que dependia da esfera do humano, haveria poucas probabilidades para o seu nascimento. Mas nasceram. Têm 26 semanas e quatro dias. Medem pouco mais do que a mão de um adulto e pesam muito menos do que os ingredientes necessários para a receita de um bolo. Não têm a volumetria própria dos humanos com 36 semanas mas, fisicamente, são perfeitas. A mãe, quando as visitou pela primeira vez, soube dizer os seus nomes, a partir da relação que as três foram travando ao longo das semanas que partilharam o mesmo corpo, nessa absoluta intimidade de amor. Deixei-as, na tranquilidade do sono, uma hora depois do seu nascimento. A vida já me fez muitas perguntas, para as quais, ainda procuro respostas. Desta vez, porém, quem me interrogou, violentamente foi o «Céu». Dois seres humanos, sós, absurdamente sós, apenas com 26 semanas, travam no silêncio, o mais sublime diálogo com a Vida: «o que farás Eternidade com cada minuto da nossa existência?».

(Sem título)


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Tivesse eu mais tempo...

Tenho o velho hábito de me aproximar das pessoas, sobretudo, na rua, quando pressinto que lhes posso ser útil. Tivesse eu, mais tempo, dispusesse eu do tempo com tempo, e poucas horas sobrariam, depois destes encontros, para o tempo néscio da minha lástima. Desta vez, era mulher, só, teria 50 anos (?) e vagueava pelo imponderável da vida, sofrida, sem rumo, à procura de nada mais, a não ser, de quem a ouvisse, risse, chorasse (de tanto) como ela, na gota desesperada da lágrima, que parecia não chegar ao céu, mas sim, chegou, e a abraçou, falou, riu e chorou. 
Não, não vos sei dizer mais nada, a não ser que comunhão e compaixão, podem ser sinónimos de redenção.

(c) ana paula lemos 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A Arquitectura Palaciana Urbana de Lisboa Séculos XVI a XVIII...(hoje) na Culturgest



José Sarmento de Matos, um dos maiores olissipógrafos contemporâneos, é conferencista de um Ciclo que a Culturgest dedica à Arquitectura Palaciana Urbana de Lisboa Séculos nos XVI a XVIII.
O tema desta terceira conferência aborda os Palácios do período Joanino e o Barroco Romano (1.ª metade do séc. XVIII).

Entrada Livre ( 18:30) 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A rua como palco da intimidade...

Aquele homem esqueceu-se de si. O corpo, as palavras, eram lágrimas de desespero. Gostava de lhe ter dito que não se morre de amor. Mas, como não tenho a certeza, pedi-lhe que não se esquecesse de si. Não ouvia. Não queria nem podia ouvir. Desfazia-se nela, na amada, e no silêncio vergonhoso da alma.

A rua é cada vez mais o palco da intimidade e, a vida privada, o espectáculo que consumimos gratuitamente. Aqui, em Lisboa, o metropolitano transformou-se no laboratório vivo da História Privada.

(c) ana paula lemos 

domingo, 16 de novembro de 2014

(Dias do Desassossego)...Nas ruas de Lisboa




Novembro levou-nos Pessoa e trouxe-nos Saramago

Veja programa em http://www.josesaramago.org/dias-desassossego-de-15-17-de-novembro/ 

sábado, 15 de novembro de 2014

Vista do Mosteiro de São Vicente de Fora


Haunted Lisbon Tour e Dark Lisbon Tour

Se gosta de histórias de assombração, estas experiências são para si

Marcação prévia
912 301 329
info@ghost-tours-portugal.pt
Preço dos bilhetes: 18€ (público em geral, 15€ (estudantes, séniores e grupos) e 10€ (crianças)

Hoje (na) Culturgest...Ana Papoulis Adamovic


O solo Mirage transmite, através de dança, música e filme, reflexões fragmentadas sobre as trevas do nosso tempo e a busca da beleza para combater essas trevas. Desenvolve-se em 17 cenas curtas.Este solo é o culminar de anos de reflexão.A dança ao vivo dialoga com imagens que foram filmadas em diferentes épocas da minha vida, em Nova Iorque, Sarajevo, Liubliana, Paris e outros lugares.

Ana Papoulis Adamovic
(coreógrafa) 


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

(na Voz do Operário) ARQUICTETURA DO RUÍDO APRESENTA...



Hoje, 14 de Novembro 2014:

O programa de rádio Arquitetura do Ruído, da Rádio Zero, apresenta, todas as sextas-feiras, a partir das 22h, concertos no Vox Café - Voz do Operário. Neste evento, público e artistas interagem em formato café-concerto, com proximidade e descoberta.


Vamos deixando pedaços de nós pela vida, no mundo. O que fazem os outros com os nossos gestos, afectos, emoções, sensibilidades? E o que fazemos nós com o Ser do outro? Territórios inabitados, memórias descartáveis, ecos, plástica do tempo, lugar sagrado, viagem, (…), tudo isto e nada? É a pergunta que vos deixo…

(c) ana paula lemos 


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Lisboa entaxada

Quanto pagarias para entrar em Lisboa?

(no) Chiado...

Duarte pintava pela noite dentro debaixo de um chapéu de sol junto à Igreja dos Mártires, no Chiado. Quem passasse podia ler: «preciso de ajuda, tenho 19 anos, sou estudante do 2º ano de pintura, no ESBAL». Parei. Enquanto desenhava fomos conversando... falou da avó, da mãe, e um pouco de si. Pedi-lhe que não desistisse do Curso. «Não, nem pensar». Nem todas as palavras «não» têm a mesma intensidade. Aquela estava carregada de determinação, esperança e confiança. Duarte pintou a mãe natureza e o desenho voou.

(c) ana paula lemos 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

(de) Fernando Pessoa para Ophélia

“Cheguei à idade em que se tem o pleno domínio das próprias qualidades, e a inteligência atingiu a força e a destreza que pode ter. É pois ocasião de realizar a minha obra literária, completando umas coisas, agrupando outras, escrevendo outras que estão por escrever. Para realizar essa obra preciso de sossego e um certo isolamento...
Toda a minha vida futura depende de eu poder ou não fazer isto, e em breve. De resto, a minha vida gira em torno da minha obra literária...Tudo o mais na vida tem para mim um interesse secundário...É preciso que todos os que lidam comigo, se convençam de que sou assim, e que exigir-me os sentimentos, aliás, muito dignos, de um homem vulgar e banal, é como exigir-me que tenha olhos azuis e cabelo louro.
...............................

Gosto muito – mesmo muito – da Ophelinha. Aprecio muito a sua índole e o seu carácter. Se casar, casarei consigo. Resta saber se o casamento, o lar, são coisas que se coadunam com a minha vida de pensamento.....”.

29 de Setembro de 1929

sábado, 8 de novembro de 2014

A propósito do Livro do Desassossego...

O Livro do Desassossego é um laboratório vivo de sensações. É o exercício literário através do qual, Fernando Pessoa supera o tédio de uma cidade provinciana, labiríntica, triste, divorciada dos grandes movimentos artísticos europeus, uma cidade onde nada acontece, mergulhada na confusão política da implantação da Republica, preparando-se para a guerra, para a I Guerra Mundial. 
Fernando Pessoa transforma, assim, Lisboa, na cidade universal por excelência, onde desaguam todos os rios do mundo, aqui no Tejo, aqui na Baixa Lisboeta, cenário de todas as cidades, sonhadas, através dos seus heterónimos, esse exercício literário, através do qual, Pessoa se entrega à imaginação e fantasia...

A si, caro leitor, em que é que Lisboa desassossega a alma? 


(c) ana paula lemos 



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Misty Fest

de 4 a 14 de novembro

4/11 | CCB | Lisboa | Maria de Medeiros
5/11 | CCB | Lisboa | Joan As Police Woman
5/11 | CCB | Lisboa | Celina da Piedade
5/11 | Cinema São Jorge | Lisboa | Patxi Andión
6/11 | CCB | Lisboa | Jorge Palma
6/11 | CCB | Lisboa | Patrícia Bastos
7/11 | Cinema São Jorge | Lisboa | Olavo Bilac
7/11 | Cinema São Jorge | Lisboa | Lura canta Cesária Évora
7/11 | CCB | Lisboa | Rodrigo Leão
8/11 | Cinema São Jorge
 | Lisboa | Couple Coffee
9/11 | CCB | Lisboa | Buika
10/11 | CCB | Lisboa | Rui Massena
11/11 | Fundação Calouste Gulbenkian | Lisboa | Kronos Quartet
14/11 | Centro Cultural Olga Cadaval | Sintra | Pierre Aderne

Da real Espanha

Até 25 de janeiro, pode visitar, no Museu Calouste Gulbenkian, de terça a domingo (10h-18h) a exposição


A História partilhada - Tesouros dos palácios reais de Espanha


terça-feira, 4 de novembro de 2014


Sabia que...#2


A estátua de Neptuno, hoje no Largo D. Estefânia, foi o ornamento escolhido pela Câmara de Lisboa em 1774 para o Chafariz das Portas de Santa Catarina (Chiado)?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

(De Lisboa) para o mundo #2


"Gostaria que a Península (Ibérica) fosse uma república federal"


António Lobo Antunes ao Diário de Notícias de 2014.10.03