Rua Professor Georges Zbyszewski
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Um Radar pouco apurado
A propósito da rubrica sobre as rádios de Lisboa, escrevi para a Rádio RADAR, uma das minhas favoritas, pedindo mais pormenores sobre a sua história. Queria saber, para vos poder transmitir, quando foi fundada, porquê, por quem, etc. Estas informações não estão no site e achei que seria pouco fiel relatar o que se encontra pelas wikipédias da rede. A resposta ao meu e-mail tardou. Mas chegou. Trazia qualquer coisa como: lamentamos mas nenhum dos atuais trabalhadores da rádio está cá desde a fundação; o melhor é perguntar ao Luís Montez. Agradeci a sinceridade. E já agora, agradeço às minhas professoras de História. Se não fossem elas, ainda hoje eu não saberia nada sobre Portugal. É que não estava cá quando foi assinado o Tratado de Zamora...
Gustavo Duarte
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
António ( história de um precário) #1
Conheci-o, hoje, segunda-feira, às 12.30 na Calçada da Glória, em Lisboa, junto aos Restauradores. Rondará os 55 anos, a idade deste homem, que quis fotografar mas o pudor não autorizou, embora saiba que quem me lê, reconhece na minha escrita, o realismo fantástico, não o género literário, mas, o método, através do qual, por ser real, construo a narrativa e assim, com ela, vivo a esperança.
Chamo António, portanto, a este cidadão de Lisboa, de nacionalidade portuguesa, licenciado em História, mestre em estratégia de comunicação, casado, dois filhos, desempregado há oito anos, mas, actualmente, no precatoriato, isto é, a categoria económica e social de cidadania dispensável, geralmente enunciada pelas estatísticas, na rubrica, cidadão eleitor não produtor.
Claro que a minha personagem podia chamar-se João, Francisco ou Abel; Ana, Maria ou Deolinda. Até podia dar-lhe um numero e designá-lo, por exemplo, o 22, construindo, assim, a «estória» do cidadão precário, desempregado, abandonado pela mulher, por sua vez desempregada, dois filhos, igualmente desempregados, numa espiral de perda, que vos assustaria dramaticamente, mas, não, chamo-o de António, por ser, desde ontem, na cidade de Lisboa, o nome afamado, depois de Pádua, também ela, uma cidade santa e milagreira, mas não gerada, como Lisboa, da costela homérica.
António, dizia, cidadão eleitor mas não produtor, ousou conversar comigo sobre o modo como vive na cidade de Lisboa, no ano da graça de dois mil e quatorze, apenas com a dignidade que a memória lhe confere, desejando, não o emprego, para o qual já não dispõe de competências psicológicas e emocionais, mas, apenas, a possibilidade de se ver livre da radicalidade do tormento, angústia e sofrimento, que envolve a sua existência.
É sobre essa conversa longa que vos falarei nos próximos dias, meses ou anos, e sempre que o título anunciar António (história de um precário).
Ana Paula Lemos
domingo, 28 de setembro de 2014
Ruas de Lisboa
Rua dos Heróis de Quionga
Até 1916, chamava-se Travessa do Caracol da Penha mas foi rebatizada para homenagear os combatentes que, durante a I Guerra Mundial, reconquistaram Quionga, em Moçambique, que havia sido ocupada pelos alemães.
Em 1886, portugueses e alemães definiram este território como limite entre a África Oriental Alemã e a colónia portuguesa Moçambique. No entanto, os alemães desrespeitaram o acordo e ocuparam aquilo que ficou conhecido como o "triângulo de Quionga".
O Tratado de Versalhes consagrou Quionga como a única aquisição territorial portuguesa no conflito.
Lisboa
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores...
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.
Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.
Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.
Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
sábado, 27 de setembro de 2014
Arquiteturas Film Festival
Termina amanhã o Arquiteturas Film Festival, que promove o diálogo entre o cinema e a arquitetura.
No CinemaCity de Alvalade e na Cinemateca.
No CinemaCity de Alvalade e na Cinemateca.
Outono
Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]
Fernando Pessoa, 1932
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Fundação Champalimaud
"Nós vemos com a cabeça e não apenas com os olhos."
(Leonor Beleza, Presidente da Fundação Champalimaud)
ana paula lemos
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Martinho (café)
"Acima de tudo me arrepia a ideia sem espelhos de, sem remédio, novamente fundear no Martinho...Não sei porquê mas esse café - não os outros cafés de Lisboa, esse só - deu-me sempre a ideia dum local aonde se vem findar uma vida: estranho refúgio , talvez, dos que perderam todas as ilusões, ficando-lhes só, como magro resto, o tostão para o café quotidiano - e ainda assim, vamos lá, com dificuldade."
Mário de Sá-Carneiro carta a Fernando Pessoa
Almada
«Sonhei com um paíz onde todos chegavam a Mestres. Começava cada qual por fazer a caneta e o aparo com que se punha á escuta do universo; em seguida, fabricava desde a materia prima o papel onde ia assentando as confidencias que recebia directamente do universo; depois, descia até ao fundo dos rochedos por causa da tinta negra dos chócos; gravava letra por letra o tipo com que compunha as suas palavras; e arrancava da arvore a prensa onde apertava com segurança as descobertas para irem ter com os outros. Era assim que neste país todos chegavam a Mestres. Era assim que os Mestres iam escrevendo as frases que hão-de salvar a humanidade.»
Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro (fragmento)
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Gulbenkian #1
O lugar onde os netos aprendem com os avós o sublime e, por isso, se encantam mutuamente, dando-se, no encontro, sereno, magistral, da crença.
Ana Paula Lemos
Chiado
"O Chiado é um símbolo de Lisboa; é um corpo doutrinário de princípios alfacinhas; é a síntese romântica do século XIX como foi a síntese do gongorismo político de 1600. É sua excelência - o Chiado".
Matos Sequeira
terça-feira, 23 de setembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Photo Salon da Graça
domingo, 21 de setembro de 2014
car electric
ding dong
car electric
is it like that?
Vejo toda a Rua Morais Soares
e sigo todos os movimentos
sentado no banco do eléctrico
tudo olha para mim (substâncias vítreas).
Na rua, os que passam, ignoram
que alguém os olha e os esquece.
O eléctrico tine a campainha
é a paragem onde se vê o rio
cheguei ao destino
onde vou aprender
História e Filosofia.
Tiago Gomes
Olaias (estação de metro ) #3
sábado, 20 de setembro de 2014
Alis Ubbo Ensemble
Madragoa
(...)
Nome de rua quieta
onde à noite ninguém passa.
Onde o ciúme é uma seta,
onde o amor é uma taça.
Nome de rua secreta
onde à noite ninguém passa.
Onde a sombra de um poeta
de repente nos abraça.
«Com um pouco de amargura,
com muito de Madragoa,
e a ruga de quem procura,
e o riso de quem perdoa,
deste-me um nome de rua,
de uma rua de Lisboa.
(...)
David MOURÃO-FERREIRA
Queer Lisboa
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Vera World Fine Art Festival
A partir de 17 de setembro, realiza-se a oitava edição deste festival internacional de artes plásticas, desta vez em Lisboa. Estão prometidas muitas exposições, conferências, mesas redondas, masterclasses, etc.
Os bilhetes vão de 3 a 6 euros e fica na Cordoaria Nacional.
Saiba mais aqui.Gustavo Duarte
Saldanha (estação de metro) #2
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Vinhos de Lisboa
Do Alentejo, do Douro... e pouco se fala nos vinhos de Lisboa. Mas eles existem, estão a apostar na divulgação, são bons e ganham prémios! Saiba mais aqui. E experimente!
Rosas
Ele tinha na mão um ramo de
flores, de rosas brancas, eram seis, passada larga, tremia, mas ia,
determinado, e nós olhávamos o momento, que imaginámos ser o nosso, desejo,
fantasia, a passada era cada vez mais larga, nada o demovia, com um ramo de
rosas brancas, na mão, corria... no banco, sentado, o espelho do assombro, e o
beijo, que nos calou, devolvendo à cidade, o compasso, do humano, e o cheiro a
rosa.
Futuro de café
Esta prática ancestral é absolutamente fascinante. E sim, acontece em Lisboa. Daniela Don, uma especialista italiana nas artes divinatórias, vem a Portugal com frequência para dar cursos e leituras de Tarot e de borras de café. Vale muito a pena aproveitar a leitura rápida, que custa apenas 10 euros (mais 5 euros se quiser experimentar um típico jantar turco). Daniela estará por cá entre 18 e 25 de setembro: na quinta dará uma palestra gratuita; o curso será no domingo; e na quarta dia 24 fará as leituras rápidas.
Para a palestra gratuita, basta aparecer na cafetaria da Espiral, ali junto à Estefânia. Lá, poderá marcar a sua leitura. Mas anote também o telefone: 96 887 38 42.
Veja também as outras ofertas da Espiral aqui.
Gustavo Duarte
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Castelo de S. Jorge
Pedi à sentinela para entrar.
Eu ia um pouco à toa, sem saber
Se era fácil poder justificar
O meu desejo de espreitar o dia
E ver nascer o Sol desse Castelo
Que domina Lisboa no mais belo
E surpreendente quadro de beleza!
Lisboa, a mais gentil, a portuguesa
E nobre capital de um povo grande
No sofrimento e na resignação,
Estava ainda preguiçosa e lenta
No acordar dessa manhã de Outono
Que eu vou tentar fixar nesta canção.
(...)
António Botto.
Parque (estação de metro) #1
Dedicada à Declaração Universal dos Direitos do Homem, Parque é, seguramente, uma das mais interessantes estações de metro da rede metropolitana de Lisboa. Quando chega o Outono, renasce, invariavelmente, o meu interesse pela história artística do Metro e, até à Primavera, sempre que posso, perco tempo do meu tempo a olhar, com atenção, as estações do Metro em Lisboa.
Tenho para mim, que a rede metropolitana de Lisboa é das mais bonitas da Europa; mas como não conheço todas as redes metropolitanas europeias, fico-me pela subjectividade desta apreciação. E para o que quero dizer, chega.
Não sei se é o azul dos azulejos, se a intensidade iconográfica, ou se o confronto com as frases de alguns dos grandes pensadores contemporâneos inscritas nas paredes o certo é que a estação Parque provoca em mim uma curiosidade transbordante.
Ao contrário de muitas outras estações, tem um fluxo de tráfego mínimo, por várias vezes, fui a única pessoa do comboio a sair no Parque o que, neste caso, satisfaz-me muitíssimo. Sei que alguém me olha, algures, pela câmara, mas como o confronto não é pessoal, sinto-me livre de anotar, fotografar, e estar por ali, de um lado para o outro, a ver, pensar e o ler. Vendo-o, outros fazem comigo. E lemos em conjunto as frases do Parque «é tudo para mim o mesmo, onde quer que comece, pois aí voltarei na devida altura».
Aí a Aristóteles, Séneca, Heródoto, Platão, Hesídio, Díogenes, e, de novo, ao mundo. E, assim, fico acompanhada lendo a enciclopédia na estação de metro do Parque.
Ana Paula Lemos
Ao contrário de muitas outras estações, tem um fluxo de tráfego mínimo, por várias vezes, fui a única pessoa do comboio a sair no Parque o que, neste caso, satisfaz-me muitíssimo. Sei que alguém me olha, algures, pela câmara, mas como o confronto não é pessoal, sinto-me livre de anotar, fotografar, e estar por ali, de um lado para o outro, a ver, pensar e o ler. Vendo-o, outros fazem comigo. E lemos em conjunto as frases do Parque «é tudo para mim o mesmo, onde quer que comece, pois aí voltarei na devida altura».
Aí a Aristóteles, Séneca, Heródoto, Platão, Hesídio, Díogenes, e, de novo, ao mundo. E, assim, fico acompanhada lendo a enciclopédia na estação de metro do Parque.
Ana Paula Lemos
Bocage
Há 249 anos nascia, em Setúbal, Manuel Maria Barbosa du Bocage. E hoje é o feriado municipal.
A cidade dedica-lhe um sem fim de cafés, restaurantes, papelarias, ruas, edifícios. E a casa onde nasceu é agora a "Casa de Bocage". Do original, pouco resta: apenas alguns móveis e objetos. No andar de baixo, uma exposição de fotografia que em nada se relaciona com o poeta; lá em cima, vale a enorme simpatia de um senhor que fala apaixonadamente sobre Américo Ribeiro, um repórter fotográfico que deixa um legado de milhares de fotografias, muitas delas catalogadas com as respetivas histórias. Tendo ficado a salvo da censura, o espólio contém informações que nem a imprensa da época registava. Ligação a Bocage é que não há mas não me pareceu mal que tivessem aproveitado o espaço para garantir que a memória deste setubalense perdura.
E já que falo de Setúbal, vale a pena subir ao Castelo (Forte de São Filipe, em honra do primeiro dos monarcas espanhóis em Portugal) antes do pôr-do-sol e entregar o fôlego à magnífica vista sobre o Sado, sobre o mar, sobre Tróia, sobre Setúbal. Não se esqueçam de provar o choco frito, mas aconselho trocar as batatas fritas por arroz ou salada, a bem do estômago.
Gustavo Duarte
Gustavo Duarte
domingo, 14 de setembro de 2014
sábado, 13 de setembro de 2014
5 Sins
Quem passou pela Rua do Carmo durante a Vogue Fashion Night Out, ouviu de certeza o som que vinha do primeiro andar do número 76: o 5 Sins Hostel marcou a batida da noite. Este moderníssimo hostel do coração de Lisboa, oferece quartos duplos e dormitórios, cozinha partilhada e um ambiente descontraído.
Uma opção a recomendar aos amigos que venham passar uns dias a Lisboa ou, porque não, aos "locals" que queiram experimentar uma noite como turistas na sua própria cidade.
Gustavo Duarte
De Lisboa...
Trazias de Lisboa o que em Lisboa
é um apelo do mar: um mais além.
Trazias Índias e naufrágios. Fado e Madragoa.
E o cheiro a sul que só Lisboa tem.
Trazias de Lisboa a velha nau
que nos fez e desfez (em Lisboa por fazer).
Trazias a saudade e o escravo Jau
pedindo por Camões (em Lisboa a morrer).
Trazias de Lisboa a nossa vida
parada no Rossio: nau partida
em Lisboa a partir (Ó glória vã
não mais não mais que uma bandeira rota).
Trazias de Lisboa uma gaivota.
E era manhã.
Manuel Alegre
O espanto de Diogo Navarro (pintor)
«Fiquei espantado ao ver tanta semelhança no azul das cidades de Moscovo e de Lisboa.»
Ana Paula Lemos
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
100% artesanal...
... O chocolate da Equador, uma marca portuguesa, pensada e desenvolvida por dois portugueses, Teresa Almeida, escultora, e Celestino Fonseca, designer, em pleno Chiado, na Rua da Misericórdia 72.
Mais do que um lugar - intimista, sofisticado e acolhedor - Chocolataria Equador é uma misteriosa experiência de pecado consentido onde, saboreamos, a exuberância dos paladares do cacau da América Latina, considerado o melhor cacau do mundo, através de sabores absolutamente únicos:
- Chocolate preto com sabor a gengibre;
- Chocolate preto com sabor a caril;
- Chocolate preto com sabor a cereja;
Estes sabores excêntricos, não esgotam, porém, a oferta da Equador. Encontra, também, os paladares tradicionais, igualmente maravilhosos, que bebidos com o café de chocolate, constituem, de facto, uma verdadeira festa dos sentidos.
© Ana Paula Lemos
- Chocolate preto com sabor a gengibre;
- Chocolate preto com sabor a caril;
- Chocolate preto com sabor a cereja;
Estes sabores excêntricos, não esgotam, porém, a oferta da Equador. Encontra, também, os paladares tradicionais, igualmente maravilhosos, que bebidos com o café de chocolate, constituem, de facto, uma verdadeira festa dos sentidos.
© Ana Paula Lemos
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
I heart NYC
Quando vou a Lisboa, gosto muito de passear no Central Park, visitar o Guggenheim, ficar horas a medir o Flatiron Building ou simplesmente comer o cupcake do mês na Magnolia Bakery. Desculpem... hoje, todas as cidades são Nova Iorque.
Gustavo Duarte
Gustavo Duarte
O casario
em lisboa eu prefiro o casario
que se narcisa visto da outra banda
no espelho às vezes turvo deste rio
na limpidez do rio às vezes branda
é entre o mar da palha e o bugio
que o renque das fachadas se desmanda
em tons de porcelana ao desafio
em cada patamar, cada varanda
e a luz de água e azul a derramar-se
vem envolver-lhe o vulto reflectido,
dar-lhe o contraste de uns ciprestes, dar-se
como um banho lustral e desmedido
(...)
Vasco Graça Moura
Vogue Fashion Night Out
Chega hoje mais uma altura muito especial para compras. Com o alto patrocínio Vogue, a Fashion Night Out vai na quinta edição e permite, em ambiente de festa de rua e promoções especiais, fazer compras em várias lojas, da Avenida da Liberdade ao Príncipe Real, até às 11 da noite.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Ruas de Lisboa #2
Rua Gaivotas em Terra
Fica na zona sul do Parque das Nações e alberga alguns edifícios de habitação, além da promessa de uma escola. É uma rua sombria e esquecida, mas onde as tempestades não são lembradas.
Gustavo Duarte
embaixada (Príncipe Real)
Quando, numa conversa, queremos combinar um encontro na Embaixada, o nosso interlocutor, aguarda, expectante, a designação do país...
- Embaixada...? De que país?
- A Embaixada...a galeria comercial no Príncipe Real...mesmo em frente ao Jardim...não conheces?
- Ah...já sei...nunca lá fui...olha que boa ideia...
A Embaixada, no Príncipe Real, é actualmente, um dos lugares mais aprazíveis da cidade, agora, que nas traseiras do edifício, nasceu um restaurante e um café, ambos com um ambiente (ainda) tranquilo, usufruindo de duas belas esplanadas, fronteiras ao Jardim Botânico.
Espero, que a invenção do sunset não polua aquele espaço que beneficia justamente do silêncio da musica calada. Um lugar, onde garanto, vale a pena estar.
Ana Paula Lemos
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Passeio Literário da Graça (1)
EbanoCollective é um colectivo de artistas que intervém no espaço público com o objectivo de abordar, artisticamente, os seus problemas.
O bairro da Graça, visitado por milhares de turistas e vivido por outros tantos milhares de lisboetas, é uma das pérolas urbanas da cidade, em profundo estado de degradação patrimonial. Esta foi a razão principal da intervenção do EbanoCollective, que partindo da memória colectiva do bairro, nomeadamente, das suas vivências passadas e presentes, regista nas paredes dos prédios devolutos, a sua própria história.
Na Rua Natália Correia encontramos esta pintura realizada por João Maurício.
Ainda na Rua Natália Correia, EIME pinta Sophia de Mello Breyner , a moradora que segundo artista, mais marcou a vida das crianças do bairro, inclusivamente a sua.
(continuaremos a viagem)
Ana Paula Lemos
st
domingo, 7 de setembro de 2014
Ruas de Lisboa
Há locais em Lisboa que ganharam nomes diferentes do habitual, engraçados ou difíceis de pronunciar.
Hoje, destaco uma rua que descobri quando fui abordado por alguém que a procurava. Desculpe, rua Raul... (esperando que eu completasse!). Fica no Lumiar, ali perto do Hospital Pulido Valente, e é uma zona sobretudo habitacional.
Rua Raul Mesnier du Ponsard
(1849-1914)
Engenheiro português, de ascendência francesa, responsável por vários projetos de elevadores públicos portugueses (destaque para os de Santa Justa, Glória, Bica e Lavra)
Gustavo Duarte
A luz de Lisboa
A luz vinha devagar
Através do firmamento...
Vinha e ficava no ar,
Parada por um momento,
A ver a terra passar
No seu térreo movimento.
(...)
Mas a luz podia mais,
Voava mais do que a vela;
E o Tejo e os areais
Tingiam-se dos sinais
De uma doença amarela.
Ardia em brasa o Castelo,
Tinha febre o casario;
Cada vez mais nosso e belo,
O profeta do Restelo
Punha as sombras num navio...
(...)
Miguel Torga
sábado, 6 de setembro de 2014
Oh, Lisboa
Que humano era o toque metálico dos eléctricos! Que paisagem
alegre a simples chuva na rua ressuscitada do abismo!
Oh, Lisboa meu lar!
alegre a simples chuva na rua ressuscitada do abismo!
Oh, Lisboa meu lar!
Clássicos na Rua (hoje)
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