A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece, Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu, Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu Porque o amo? Não importa. Adiante...
Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas. Nenhuma delas em mim serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas São as dos outros ou as que não há.Álvaro de Campos, 10- 1913
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