segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A rua como palco da intimidade...

Aquele homem esqueceu-se de si. O corpo, as palavras, eram lágrimas de desespero. Gostava de lhe ter dito que não se morre de amor. Mas, como não tenho a certeza, pedi-lhe que não se esquecesse de si. Não ouvia. Não queria nem podia ouvir. Desfazia-se nela, na amada, e no silêncio vergonhoso da alma.

A rua é cada vez mais o palco da intimidade e, a vida privada, o espectáculo que consumimos gratuitamente. Aqui, em Lisboa, o metropolitano transformou-se no laboratório vivo da História Privada.

(c) ana paula lemos 

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