Aquele homem
esqueceu-se de si. O corpo, as palavras, eram lágrimas de desespero. Gostava de
lhe ter dito que não se morre de amor. Mas, como não tenho a certeza, pedi-lhe
que não se esquecesse de si. Não ouvia. Não queria nem podia ouvir. Desfazia-se
nela, na amada, e no silêncio vergonhoso da alma.
A rua é cada vez
mais o palco da intimidade e, a vida privada, o espectáculo que consumimos
gratuitamente. Aqui, em Lisboa, o metropolitano transformou-se no laboratório
vivo da História Privada.
(c) ana paula lemos
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