segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Parque (estação de metro) #1


Dedicada à Declaração Universal dos Direitos do Homem, Parque é, seguramente, uma das mais interessantes estações de metro da rede metropolitana de Lisboa. Quando chega o Outono, renasce, invariavelmente, o meu interesse pela história artística do Metro e, até à Primavera, sempre que posso, perco tempo do meu tempo a olhar, com atenção, as estações do Metro em Lisboa.
Tenho para mim, que a rede metropolitana de Lisboa é das mais bonitas da Europa; mas como não conheço todas as redes metropolitanas europeias, fico-me pela subjectividade desta apreciação. E para o que quero dizer, chega. 



Não sei se é o azul dos azulejos, se a intensidade iconográfica, ou se o confronto com as frases de alguns dos grandes pensadores contemporâneos inscritas nas paredes o certo é que a estação Parque provoca em mim uma curiosidade transbordante. 
Ao contrário de muitas outras estações, tem um fluxo de tráfego mínimo, por várias vezes, fui a única pessoa do comboio a sair no Parque o que, neste caso, satisfaz-me muitíssimo. Sei que alguém me olha, algures, pela câmara, mas como o confronto não é pessoal, sinto-me livre de anotar, fotografar, e estar por ali, de um lado para o outro, a ver, pensar e o ler. Vendo-o, outros fazem comigo. E lemos em conjunto as frases do Parque «é tudo para mim o mesmo, onde quer que comece, pois aí voltarei na devida altura». 
Aí a Aristóteles, Séneca, Heródoto, Platão, Hesídio, Díogenes, e, de novo, ao mundo. E, assim, fico acompanhada lendo a enciclopédia na estação de metro do Parque




Ana Paula Lemos 




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