sábado, 20 de setembro de 2014

Madragoa

(...)
Nome de rua quieta
onde à noite ninguém passa. 
Onde o ciúme é uma seta, 
onde o amor é uma taça. 
Nome de rua secreta
onde à noite ninguém passa. 
Onde a sombra de um poeta
de repente nos abraça.
«Com um pouco de amargura, 
com muito de Madragoa, 
e a ruga de quem procura, 
e o riso de quem perdoa, 
deste-me um nome de rua, 
de uma rua de Lisboa.
(...)

David MOURÃO-FERREIRA

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