(...)
Nome de rua quieta
onde à noite ninguém passa.
Onde o ciúme é uma seta,
onde o amor é uma taça.
Nome de rua secreta
onde à noite ninguém passa.
Onde a sombra de um poeta
de repente nos abraça.
«Com um pouco de amargura,
com muito de Madragoa,
e a ruga de quem procura,
e o riso de quem perdoa,
deste-me um nome de rua,
de uma rua de Lisboa.
(...)
David MOURÃO-FERREIRA
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